segunda-feira, 29 de julho de 2013

Nutriçao e Autismo

As proteínas que mais causam problemas aos autistas são as proteínas do leite, o glúten e da soja .
Como a digestão se torna pobre ocorre a digestão incompleta do glúten e da caseína levando a sintomas como: pensamentos conturbados, falta de atenção, dificuldade de aprendizado, insensibilidade a dor e irritabilidade.

dieta não faz nenhum milagre, mas pode facilitar a vida da pessoa com autismo.

APassos para colocar a dieta do autista em prática:
1. Retirar todas a alimentaçao vazia : Não existirá mais aquele lanchinho de comidas que não trazem benefícios nenhum para a saúde, além do que eles podem levar a uma série de desordens no ciclo de metilação                                                                                                                                                     2. Evite as toxinas provenientes da preparação dos alimentos: O nível de toxinas ingerido pode ser ainda maior com o uso de panelas de aluminio e de enlatados, o preparo de alimentos em microondas e a utilização de recipientes de plástico .
3. Higienize sua cozinha
4. Diminua o uso de alimentos industrializados: O idela seria excluir esse tipo de alimento da dieta. A maioria dos industrializados possuem glutamato monossodico e aspartame e sua composição, Esse compostos podem causar excitotoxidade
5. Diminua o consumo de açúcar: Diminuir tanto o açucar branco como o carboidrato refinado como biscoitos, pães, pizza,etc.
6. Retire todo o leite animal e seus derivados: Retirar da dieta todos os alimentos que possuam caseína, a proteína encontrada no leite. O leite pode ser substituido pelo leite de soja., porém usar somente o imprescindível, pois dependendo da situação do intestino da criança, ela pode ser tornar alérgica à soja.
7. Retirar alimentos com glúten: O glúten, encontrado em alimentos a base de trigo,cevada,aveia,malte e centeio deve ser retirado da dietas do autista.


Como fazer a retirada do Gluten e do Leite?
Inicie a retirada pelo leite e seus derivados, após 3 semanas ou um mês inicie a retirada do glúten gradativamente também até retirá-lo por completo. Dessa forma evita que a criança tenha crises de abstinência.
Quando parte da família consome alimentos com glúten, é importantissimo separar esses alimentos e utensilios de cozinha desses alimentos sem gluten, pois o glúten contamina os alimentos sem glúten, atraves da contaminação cruzada. Até mesmo o oleo da fritura tem que ser diferente.
As farinhas de glúten podem ser substituidas por uma combinação de 3 ou mais farinhas sem gluten. Como por exemplo fécula de batata, povilho e farinha de arroz integral.


Farinhas que não contém glúten:

• Amido de milho

• Farinha de amaranto
• Farinha de amendoim, amêndoas e castanhas
• Farinha de araruta
• Farinha de arroz branco
• Farinha de arroz integral
• Farinha de arroz gltuinoso
• Farinha de banana verde
• Farinha de grao de bico
• Farinha de lentilha
• Farinha de milho amarelo
• Farinha de milho branco
• Farinha de painço
• Farinha de quinua
• Farinha de trigo sarraceno
• Polvilho azedo
• Polvilho doce ou fécula de mandioca
• Farinha de tapioca
• Fécula de batata
O açucar branco pode ser substituído por:
• Néctar de Agave
• Maple Syrup
• Xylitol
• Estévia

Depois de fazer as substituições necessárias é necessário que seja feito um enriquecimento da dieta com alimentos de alto valor nutritivo, como por exemplo com o uso do kefir, tofu, grãos germinados, ghee.
Fonte :http://cidaautismo.wordpress.com/nutricao-e-autismo/

Estimulaçao sensorial /Psicomotricidade



Estimulação Sensorial ou Integração Sensorial
Todas as crianças dentro do espectro autístico apresentam alguma forma de particularidade sensorial. Assim como tudo o mais relacionado ao autismo, há uma grande variação no grau de intensidade e na forma das experiências sensoriais vividas por aqueles com autismo.

Algumas crianças são hipersensíveis quanto à recepção de informações sensoriais. Por exemplo, crianças relatam serem capazes de ouvir conversas ou o som de móveis sendo arrastados em outros prédios. Outras crianças são tão sensíveis ao estímulo táctil (toque) que não toleram a sensação da etiqueta em suas camisetas. Por outro lado, algumas crianças aparentam ser hiposensíveis a estímulos sensoriais, ou seja, são pouco sensíveis e necessitam de uma maior intensidade de estímulo para que este seja percebido. Como exemplo, algumas crianças buscam a sensação de intensa pressão ao serem massageadas ou ao serem firmemente enroladas em pesados cobertores. Pesquisadores com Judith Bluestone (Instituto HANDLE, em Seattle, EUA), apontam para a possibilidade da hiposensibilidade ser na verdade uma hipersensibilidade ao extremo, o que levaria a pessoa a bloquear totalmente uma determinada sensação.
Muitas crianças no espectro aparentam ter complexos padrões de sensibilidades sensoriais. Por exemplo, uma criança pode ser hipersensível a sons e cheiros, mas hiposensível ao toque. Em outros casos, as sensibilidades das crianças parecem mudar de um momento para o outro, ou dentro de períodos de dias ou semanas. Elas podem ser hipersensíveis à luz em um dia e parecer hiposensíveis ou não afetadas pela luz em um outro dia. A ciência de hoje ainda não consegue explicar completamente por que isto acontece.

Estimulação sensorial ou Integração sensorial refere-se ao processo de organização cerebral para eficientemente processar a recepção de informação sensorial em uma representação coerente do mundo.

As crianças neurotípicas aprendem a integrar seus sentidos nos primeiros anos. Elas o fazem através de interações com as pessoas próximas e através de brincadeiras exploratórias. Na verdade, toda e qualquer ação da criança resulta em informação sensorial para o cérebro, o que contribui para o processo de organização e integração. Quando você vê um bebê colocando objetos na boca ou batendo objetos no chão você está testemunhando os métodos naturais do cérebro para a integração sensorial. Quando sua criança de 4 anos pula na cama, roda em torno do próprio eixo até ficar tonta ou quer que você a segure de cabeça para baixo, ela está integrando seus sentidos. O sistema vestibular (que controla o equilíbrio) continua a amadurecer até a adolescência, o que explica o porquê dos adolescentes buscarem experiências intensas como as das montanhas-russas, enquanto que os adultos geralmente não as toleram fisicamente.
Crianças com autismo não são diferentes em relação a isto. Elas também recebem a informação sensorial que ajuda o cérebro a se organizar através de atividades como rodar, balançar, correr, pular, bater, tocar, mastigar, apertar, e cheirar! A diferença é que crianças com autismo geralmente necessitam fazer estas atividades por períodos maiores e de forma mais intensa do que outras crianças. Algumas delas também continuam a precisar destes tipos de estímulos engajando-se em comportamentos auto-estimulatórios que não seriam considerados “apropriados” para suas idades em nossa sociedade. Devido a comportamentos desta natureza, crianças com autismo são amplamente incompreendidas e, em alguns casos, maltratadas.
Nossa experiência , assim como conclusões de estudos recentes , nos demonstra que as crianças com autismo necessitam deste estímulo sensorial para ajudá-las a organizar seus sentidos , e que a interrupção forçada destas atividades de fato aumenta os níveis de estresse, reduz a integração sensorial e a habilidade da criança de se concentrar durante a aprendizagem.

Cristiano Camargo - Escritor ( Aspenger )

Quadro "NOSSA GENTE" escritor CRISTIANO CARMARGO


O que é Ecolalia ???

ECOLALIA: QUANDO O AUTISTA APENAS REPETE PALAVRAS, FRASES OU PERGUNTAS

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Ecolalia é a repetição de palavras, frases ou perguntas que muitos autistas apresentam. O ato de repetição pode ocorrer porque a criança quer apenas ouvir sua própria vez, como os bebês fazem ao balbuciar. Pode significar, também que a criança com autismo não entendeu o significado do que foi dito a ela.
A ecolalia é vista por especialistas como um bom sinal. Para incrementar a linguagem da criança, é recomendado que as atividades sejam acompanhadas de comentários. No caso de jogos, por exemplo, é possível dizer o que será feito em seguida ou descrever o que está sendo feito.
É importante saber qual o comentário que a criança já conhece. Todos os comentários devem ser claros e objetivos, e nunca deve-se usar sarcasmo ou ironia. O tom de voz deve ser alegre e expressivo, dando ênfase às palavras principais da frase. Usar frases curtas e simples, dando instruções objetivas, também facilitam a compreensão. Dizer “Tire a roupa e entre no chuveiro” é muito mais eficiente do que “Você brincou bastante hoje e está suado; precisa tomar banho para ficar limpo e cheiroso antes de dormir”. Gestos simples e até linguagem de sinais também podem reforçar a compreensão do que está sendo dito à criança.
Pode-se ainda desenvolver brincadeiras que sejam acompanhadas de frases repetidas a cada ação, como “Preparar, apontar, já!”. Após várias repetições da mesma frase, pode-se ainda não falar a última palavra, para verificar se a criança está acompanhando e se ela mesma lembra-se de dizer a palavra. Músicas curtas e repetitivas também são úteis quando se pretende incrementar a fala da criança autista.
Texto escrito por Silvana Schultze, do blog www.meunomenai.wordpress.com

Estímulo da fala não é agradável para crianças autistas, diz estudo

TRABALHO MOSTRA QUE CONEXÃO FRACA ENTRE O CÓRTEX AUDITIVO E REGIÕES RESPONSÁVEIS PELO SISTEMA DE RECOMPENSA NO CÉREBRO FAZ COM QUE CRIANÇAS COM AUTISMO NÃO SE SINTAM MOTIVADAS A TROCAR INFORMAÇÕES




Um estudo publicado nesta segunda-feira noPNAS, periódico da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, pode ajudar a esclarecer os motivos que levam as crianças autistas a desenvolverem problemas relacionados à linguagem. Segundo o trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, a fraca conexão entre o córtex auditivo – parte responsável por processar sons – e os centros de recompensa no cérebro das crianças com autismo faz com que elas não reconheçam o estímulo da fala como agradável, dificultando o aprendizado.
Para chegar à conclusão, os cientistas compararam resultados de ressonâncias magnéticas feitas em dois grupos de crianças: um formado por meninos e meninas autistas e outro composto por jovens sem o distúrbio. Analisando uma região cerebral específica, o sulco temporal posterior superior, que é ativado ao ouvir a voz, os pesquisadores descobriram que, nos autistas, a conexão entre essa área e algumas estruturas ligadas ao sistema dopaminérgico (o sistema de recompensa do cérebro) é extremamente frágil.
Assim, diferentemente do que acontece no cérebro das crianças com desenvolvimento normal, ao reconhecer o estímulo da fala, as crianças com autismo não têm seus sistemas de recompensa ativados. Isso faz com que elas não sintam motivação e prazer na troca de informações, nos relacionamentos e na linguagem.
De acordo com o psiquiatra Estevão Vadasz, coordenador do PROTEA (Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo), para os autistas "todo processamento de informações gera um desprazer, pois o recebimento de estímulos por qualquer um dos sentidos é uma espécie de tsunami, extremamente caótico", afirma.

Fonte :  http://veja.abril.com.br/noticia/saude/estimulo-da-fala-nao-e-agradavel-para-criancas-autistas-diz-estudo
Revista: Veja  

Metodologia de Estimulaçao para Autistas


PECS
Picturing Exchanging Communication System
(Sistema de Comunicação pela Troca de Figuras)
O PECS foi desenvolvido nos EUA pelo psicólogo Andrew Bondy e pela fonoaudióloga Lori Frost. Eles viram que muitas crianças com autismo tinham dificuldade com imitação, especialmente a imitação verbal (imitar palavras) e mesmo aquelas que eram capazes de imitar, geralmente não usavam as palavras para se comunicar espontaneamente. Bondy e Frost queriam encontrar uma maneira de ajudar as crianças com autismo a se comunicar de uma forma funcionalmente fácil e socialmente aceitável. Também queriam encontrar uma forma de fazê-lo que fosse fácil para os pais e outras pessoas aprenderem e entenderem, dando à criança a possibilidade de se tornar mais integrada socialmente e ao mesmo tempo mais independente.
O PECS dá à criança a possibilidade de expressar suas necessidades e desejos de uma maneira muito fácil de entender. Muitas crianças que começaram a utilizar o PECS também desenvolvem a fala como um efeito colateral, claro que é um efeito colateral muito agradável!

PROGRAMA SON-RISE
O Programa Son-Rise é centrado na pessoa com autismo. Isto significa que o tratamento parte do desenvolvimento inicial de uma profunda compreensão e genuína apreciação da pessoa, de como ela se comporta, interage e se comunica, assim como de seus interesses. O Programa Son-Rise descreve isto como o “ir até o mundo da pessoa com autismo”, buscando fazer a ponte entre o mundo convencional e o mundo desta pessoa em especial. Com esta atitude, o adulto facilitador vê a pessoa como um ser único e maravilhoso, não como alguém que precisa “ser consertado”, e pergunta-se “como eu posso me relacionar e me comunicar melhor com essa pessoa?” Quando a pessoa com autismo sente-se segura e aceita por este adulto, maior é a sua receptividade ao convite para interação que o adulto venha a fazer.
O Programa Son-Rise é lúdico. A ênfase está na diversão. Isto significa que os pais, facilitadores e voluntários seguem os interesses da criança e oferecem atividades divertidas e motivadoras nas quais a criança esteja empolgada para participar. O mesmo aplica-se para o trabalho com um adulto. As atividades são adaptadas para serem motivadoras e apropriadas ao estágio de desenvolvimento específico do indivíduo, qualquer que seja sua idade. Uma vez que a pessoa com autismo esteja motivada para interagir com um adulto, este adulto facilitador poderá então criar interações que a ajudarão a aprender todas as habilidades do desenvolvimento que são aprendidas através de interações dinâmicas com outras pessoas (por exemplo, o contato visual “olho no olho”, as habilidades de linguagem e de conversação, o brincar, a imaginação, a criatividade, as sutilezas do relacionamento humano). O Programa Son-Rise instrui os pais na criação destas efetivas interações com a criança ou adulto de forma que eles possam dirigir o programa de seus filhos e ajudá-los durante todas as interações diárias com eles.

MÉTODOLOGIA TEACCH
O programa Teacch (Treatment and Education ofAutistic and Related Communication Handicapped Children), que em português significa Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação, é um programa educacional e clínico com uma prática predominantemente psicopedagógica criado a partir de um projeto de pesquisa que buscou observar profundamente os comportamentos das crianças autistas em diferentes situações e frente a diferentes estímulos.
Na terapêutica psicopedagógica do método Teacch trabalha-se concomitantemente a linguagem receptiva e a expressiva. São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras,
cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais) e estímulos audiocinestesicovisuais (som, palavra, movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem oral ou uma comunicação alternativa . Por meio de cartões com fotos, desenhos, símbolos, palavra escrita ou objetos concretos em seqüência (p . ex ., potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que serão desenvolvidas naquele dia na escola . Os sistemas de trabalho são programados individualmente e ensinados um a um pelo terapeuta . Quando a criança apresenta plena desenvoltura na realização de uma atividade (conduta adquirida), esta passa a fazer parte da rotina de forma sistemática.

METODOLGIA FLOORTIME
Desenvolvido pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan, Floortime (ao pé da letra tempo no chão) é um método de tratamento que leva em conta a filosofia de interagir com uma criança autista. É baseado na premissa de que a criança pode melhorar e construir um grande círculo de interesses e de interação com um adulto que vá de encontro com a criança independente do seu estágio atual de desenvolvimento e  que o ajuda a descobrir e levantar a sua força.
A meta no Floortime é desenvolver a criança dentro dos 6 marcos básicos  para a plenitude do desenvolvimento emocional e intelectual do indivíduo. No Floortime, os pais entram numa brincadeira que a criança goste ou se interesse e segue aos comandos que a própria criança lidera. A partir dessa ligação mútua, os pais ou o adulto envolvido na terapia, são instruídos em como mover a criança para atividades de interação mais complexa, um processo conhecido como ” abrindo e fechando círculos de comunicação”. Floortime não separa ou foca nas diferentes habilidades da fala, habilidades motoras ou cognitivas, mas guia essas habilidades propriamente, enfatizando o desenvolvimento emocional. A intervenção é chamada Floortime porque os adultos vão para o chão, para poder interagir com a criança no seu nível e olho no olho.

MÉTODO ABA
Applied Behavior Analysis refere-se a um vasto campo de pesquisas. Através de investigações científicas são procuradas regras que controlam o comportamento, no sentido de prever, manipular, mudar e prevenir determinados comportamentos.
O ensino de uma nova competência é efectuado em pequenos passos, e cada passo é intenso e gradual, até que seja aprendido. É realizado de um modo sistemático, consistente e gradual. Assim, é possível ter certeza que a criança percebe que tem muito sucesso e se sente recompensada.
Para os autistas, o mundo parece muito confuso. Portanto, quando a maioria das pessoas é consistente e clara, a criança começa a sentir sucesso e recompensa, e o mundo parece menos confuso, mais agradável e convidativo. Então, a criança tem motivação para comunicar com outras pessoas e outras crianças.

Fonte:  http://cidaautismo.wordpress.com/metodologias-de-tratamento-para-autistas/